Ferramenta 9 – Classificação de Oportunidades de Desenvolvimento
Esta ferramenta combina os processos de avaliação e planeamento. É uma oportunidade para os membros da comunidade explicarem a um grupo de facilitadores experientes como se sentem quanto à situação de desenvolvimento. Também podem se consideradas sugestões de melhorias com apoio de terceiros, como ONG, empresas e governo. Os facilitadores podem ser de uma ONG, da comunidade, de agências governamentais locais ou da sua própria empresa. Este exercício funciona melhor quando realizado num workshop da comunidade, ajudando os membros e parceiros da comunidade a decidir que projetos devem ser iniciados primeiro. Uma classificação de oportunidade de desenvolvimento também pode levar a novos desenvolvimentos de PAC (p165).
PASSO
1
Realizar reuniões com líderes comunitários para avaliar o nível de interesse e a capacidade de envolvimento da comunidade em atividades de planeamento do desenvolvimento
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2
Identificação de oportunidades – em pequenos grupos de até 10, os facilitadores questionem os grupos, tal como o que é mais importante para o futuro da sua família? Ou quais são as necessidades prioritárias de desenvolvimento para a sua comunidade? Depois pedir aos grupos que discutam as respostas às oportunidades de desenvolvimento e que cheguem a um consenso. Isto é registado num papel grande, pronto para o próximo passo
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3
Consenso da comunidade – cada consenso de cada grupo é partilhado a seguir numa sessão plenária. As prioridades de desenvolvimento devem ser registadas pelo facilitador e os participantes devem priorizá-las em conjunto para sua comunidade
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4
Classificação de oportunidades – nem todas as oportunidades poderão ser tratadas. Consulte os critérios sugeridos na caixa de informações em baixo para ajudar a avaliar oportunidades; isto irá ajudá-lo a trabalhar com a comunidade para desenvolver um plano de desenvolvimento da comunidade. Consulte a tabela 11 (p105) como um exemplo
PASSO
5
Identificar estruturas de interesse sobrepostas – sessão de seguimento (p106) Para o desenvolvimento de um plano de desenvolvimento da comunidade baseado num cronograma, todas as partes (você, a comunidade e outros parceiros, por ex., governo ou ONG) têm de decidir sobre respetivas estruturas de interesse. Isto pode ser realizado numa reunião conjunta
Critérios comuns para a classificação de oportunidades
- sustentabilidade – pode a comunidade manter o projeto a funcionar depois de a assistência externa se retirar?
- produtividade – o projeto irá aumentar a disponibilidade de recursos?
- equidade – o projeto irá beneficiar uma ampla parte transversal da comunidade?
- custo – serão necessários montantes elevados de financiamento externo?
- contributo da comunidade – a comunidade terá vontade e capacidade para contribuir?
- viabilidade técnica – o projeto exige conhecimentos especializados para se iniciar e continuar?
- aceitabilidade social/cultural – o projeto enquadra-se com as normas da comunidade?
- tempo necessário – quanto tempo tempo levará para que a comunidade retire benefícios do projeto?
Fontes:
AusAID, The Logical Framework Approach, 2002. Disponível em: http://unpan1.un.org/intradoc/groups/public/documents/un/unpan032502.pdf
DFID, Tools for Development: A Handbook for Those Engaged in Development Activity, 2003, Capítulo 3: Problem and situational analysis.
IFC, Strategic Community Investment: A Quick Guide, Highlights from IFC’s Good Practice Handbook, Washington DC, Fevereiro 2010. Ver p. 22 em particular.
Kumar, S., Methods for Community Participation: A Complete Guide for Practitioners, ITDG, Londres, 2002.
Secretariado do Ambiente Nacional, Governo Quénia; Universidade de Clark; Universidade de Egerton; e o Centro para o Desenvolvimento Internacional e Ambiente do Instituto de Recursos Mundial, Participatory Rural Appraisal Handbook: Conducting PRAs in Kenya, Quénia, 1991.
Rietbergen-McCracken, J e Narayan, D. (compilação), Participation and Social Assessment: Tools and Techniques, Banco Internacional para a Reconstrução e o desenvolvimento/Banco Mundial, Washington, DC, 1998.
Banco Mundial, The World Bank Participation Sourcebook, Washington DC, 1996,
Apêndice 1: Methods and tools for social analysis, pp. 199–202.
Outras referências de ferramentas participativas estão listadas na p. 47 do IFC, Stakeholder Engagement: A Good Practice Handbook for Companies Doing Business in Emerging Markets, Washington DC, 2007. Disponível em: https://www.ifc.org/wps/wcm/connect/topics_ext_content/ifc_external_corporate_site/sustainability-at-ifc/publications/publications_handbook_stakeholderengagement__wci__1319577185063