As populações Wiradjuri são reconhecidas como os proprietários tradicionais da área do Lago Cowal na Austrália. A Barrick, que operava a mina de Cowal nas margens do Lago Cowal, trabalhou em colaboração com o Conselho de Ansiães de Wiradjuri e os requerentes do Título Nativo Registado durante 18 meses para negociar um Acordo de Título Nativo e Plano de Gestão do Património Cultural equitativo.*
Nos termos do Acordo de Título Nativo, a Barrick aceitou apoiar a comunidade nas áreas do património ambiental e cultural, emprego, formação, educação e desenvolvimento empresarial e na criação do e Plano de Gestão do Património Cultural. Em 2003, o acordo criava a Wiradjuri Condobolin Corporation (WCC) para facilitaras oportunidades de negócio, educação e emprego para o povo Wiradjuri. A WCC criou a Sociedade de Património Cultural Wiradjuri, que a Barrick usou para gerir atividades de proteção do património dos Wiradjuri durante o desenvolvimento da mina e as operações em curso. Estas atividades incluíam não menos do que 60 funcionários de campo do património cultural dos Wiradjuri a trabalhar com arqueólogos qualificados para identificar e preservar artefactos encontrados no local. A Sociedade de Património Cultural também ministrou um curso de introdução ao património cultural bastante abrangente para todos os novos trabalhadores e contratados da Barrick.
O Plano de Gestão do Património Cultural, que fazia parte do Acordo de Título Nativo, facilitava o desenvolvimento de um Procedimento de Intervenção no Solo (GDP) para a mina de Cowal. Este GDP era um processo abrangente que facilitava visitas ao local por representantes da comunidade Wiradjuri para realizar avaliações no solo, garantindo que não eram danificados quaisquer materiais do património cultural. A Barrick estava empenhada em trabalhar com os funcionários e arqueólogos do património cultural dos Wiradjuri para devolver artefactos removidos durante a construção da mina e as operações em curso a locais culturalmente apropriados.
O Plano de Gestão do Património Cultural exigia que fosse concluído um GDP antes de qualquer nova intervenção na mina. O GDP incluía duas fases de inquéritos obrigatórios. A primeira fase, designada inquérito de libertação da superfície, é realizada normalmente antes das atividades de mineração e de outras atividades que implicarão a remoção de vegetação e do solo superior. A segunda fase é designada inquérito de libertação do subsolo, que é necessária depois de a vegetação e o solo superior (ou cobertura rochosa) serem removidos.
* A Barrick vendeu a mina de Cowal à Evolution Mining em agosto de 2015.