Uma sociedade a operar na África Ocidental recebia dos militares pedidos sistemáticos de combustível, utilização de veículos da empresa e outros equipamentos. Os militares possuem recursos insuficientes e não conseguem proteger de forma adequada os cidadãos locais ou a empresa sem estes recursos extraordinários. Desse modo, a empresa tem de transferir periodicamente equipamentos para gerir os riscos de segurança. A empresa apercebeu-se de que esta situação colocava um conjunto de outros riscos, particularmente o risco de que o equipamento transferido pudesse ser usado para perpetrar abusos de direitos humanos. A empresa descobriu também anteriormente que o combustível fornecido aos militares pode ser objeto de trasfega (ou seja, vendido ilegalmente em proveito próprio) e as peças de veículos extraídas (desde motores a pneus) e igualmente vendidas.
Para gerir estes riscos, a empresa implementou um conjunto de salvaguardas. Esclareceu junto dos militares as suas expectativas sobre conduta e apenas transfere equipamentos não letais. Instalou equipamentos de seguimento em todos os veículos para conhecer de modo permanente o paradeiro dos seus veículos. Também disponibilizou aos militares os seus próprios condutores remunerados quando os veículos são transferidos, de modo a que os acordos sobre a sua utilização possam ser garantidos e para assegurar que os veículos não são usados de forma inapropriada. Finalmente, trabalha com as suas empresas parceiras para poder controlar o risco de o combustível ser objeto de trasfega. Estas salvaguardas revelaram-se até ao momento muito eficazes na gestão dos riscos de recursos humanos.