A mina de diamantes da Rio Tinto, a funcionar há 25 anos em Argyle, na Austrália Ocidental, situa-se numa área de grande significado espiritual para os proprietários de terras tradicionais da região. Em 2001, foi reconhecido por ambos os lados que era necessária uma relação mais formal e um conjunto mais alargado de comunidades indígenas foi envolvido pela empresa. Isto desencadeou o envolvimento que fez com que o Acordo de Participação da Mina de Diamantes de Argyle fosse assinado em 2004.
Muitas das reuniões iniciais entre os representantes da Rio Tinto e os proprietários tradicionais não tinham agenda formal. De acordo com os participantes nestas reuniões, o pessoal da mina de diamantes de Argyle fez questão de ouvir os proprietários tradicionais e pedir desculpa pelos erros do passado e empenhar-se numa relação alicerçada na abertura, respeito mútuo e parceria.
Para o conseguir, era obrigatório que o envolvimento com as comunidades ocorresse em termos que fossem claramente compreendidos pelos proprietários tradicionais. Os membros das comunidades foram conduzidos em visitas ao local, incluindo a mina subterrânea. Foi usado um conjunto de ajudas visuais para explicar o impacto da atividade mineira na área envolvente, e foram usados tradutores para garantir que todos eram capazes de seguir e participar nas negociações.
Passados dez anos sobre a assinatura do acordo, é colocado o mesmo nível de empenho para garantir uma comunicação eficaz.
Num processo reciproco, os proprietários tradicionais disponibilizam à empresa informações sobre os seus costumes e cerimónias realizadas para garantir que a operação da mina possa ser conduzida de forma segura e sem qualquer interrupção pelos espíritos ancestrais. O Manthe é uma cerimónia que dá as boas-vindas às pessoas que chegam ao país e permite-lhes estarem seguras enquanto estão na instalação de Argyle. Continua a ser realizada regularmente no local para trabalhadores, contratados e visitantes.